Erich Fromm foi um pensador alemão, um terapeuta psicanalista e um ser humano extraordinário que trouxe a riqueza vivificante de sua abordagem, isto é, a relação terapêutica essencial, não superficial, com o paciente, a compreensão do paciente como um todo (conseguir ver o outro de verdade) e a contextualização sociocultural da experiência; o que ainda é válido em um momento em que a terapia psicanalítica se depara com uma reconsideração contemporânea de seu pensamento e prática clínica. Ele chama isso de "encontro direto com o outro" não apenas com um paciente, mas com qualquer pessoa. Ver realmente o outro permite-nos deixar de julgar, ganhar um certo sentido de união, de participação, de identidade, de solidariedade humana. Esta é uma experiência muito importante e Fromm a considera a experiência mais gratificante, maravilhosa e vivificante que pode ocorrer entre duas pessoas, quando é significativa, porque naquele momento o paciente não se sente mais isolado em meio ao seu sofrimento. .

Fromm considera o inconsciente social. Se realmente queremos compreender o inconsciente individual, é necessário compreender "o filtro social" como ele o chamou, que não permite que o que existe alcance a consciência, para o qual temos que ir além do quadro de referência de nossa sociedade. ou qualquer grupo social em questão em seu contexto histórico, econômico e social. Sendo críticos e conhecendo as limitações de nossa cultura e as diretrizes de nossa sociedade em seus agentes como família, trabalho ou escola, não podemos nos enganar com o que o dever social exige. O que em nossa sociedade está fora da consciência porque "não lhe convém", nos leva a compreender plenamente o que é dissociado ou reprimido pela pessoa com quem trabalhamos, o grupo de onde provém e a orientação social predominante.